DOM JOAO VI NO BRAZIL 137
Immigrantes europeus, mas .que no nosso paiz tinha fatal- mente de mallograr-se pela fnsufficiencia da gente e exl- guidade dos recursos empregados. Os Americanos foram enxotando os indios, reconhecidamente refractarios a civi- lizagao: so se condoeram d elles quando tornados inoffensi- vos pelo seu quasi desapparecimento. Entre nos fallava-se quixotescamente de civilizar os indios mansos dos sertoes de Goyazes e Para " e domesticar todas as nagoes gentilicas e barbaras.
Com D. Rodrigo, e n isto se differengava elle do corn- mum dos sonhadores, as cousas nunca corriam o perigo de ficar em projecto. O seu defeito, um nobre defeito, era o querer dar immediata realizacao a quanto devaneava, des- curando as vezes os meios pela absorpgao mental na grandeza do seu objectivo. Nao raro comtudo a execugao seguia o pen- samento. Logo em 1809, agindo por ordens da corte, man- dava o governador de Goyaz, D. Francisco de Assis Mas- carenhas, no intuito de encurtar a distancia por terra entre o Rio de Janeiro e o Para e facilitar os correios, abrir na sua capitania uma estrada de 121 leguas (do Registro de Santa Maria ao Porto Real do Pontal na comarca do norte), construindo pontes nos ribeiroes, pondo canoas nos rios cau- dalosos e invadeaveis, mantendo cavalgaduras nos postos. O facto e que o correio expedido pelo governador do Para com a nova da conquista de Cayenna ja transitou por essa es trada, que do Registro de Santa Maria continuava ate Villa Rica.
Como para haver commercio e necessario haver mer- cadorias, ordenava ao mesmo tempo o Principe Regente que no fertilissimo terreno goyano se promovesse a planta- c.ao de trigo e de outros cereaes para consume local e sup-
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