BOM JOAO VI NO BRAZIL 175
rante, guloso, apresentando por principal recommendagao ao cargo de secretario da fazenda o enthesourar numerario nos cofres reaes, resultado que seria em extreme louvavel si nao fosse alcancado com retardar os vencimentos dos empre- gcidos publicos e os pagamentos aos credores do Estado. Era voz corrente que para si proprio nao deixava de mostrar-se menos cupido e avarento o antigo vice-rei do Brazil, a quern o Rio de Janeiro deveu incontestaveis melhoramentos e que Silva Alvarenga canton corno :
Egregia flor da lusitana gente, Nobre inveja da estranha, De antigos reis preclaro descendente, Luiz, a quem se humilha quanto banha Do grao tridente o largo senhorio, Desde o amazonio ate o argenteo rio.
Pelo menos escrevia d esta egregia flor com menos en- thusiasmo D. Rodrigo (i), refer indo-se a nova junta do Erario, que Ihe assegurara pessoa sensata que nenhum dos seus membros sabia contar, e eram todos individuos a quem ninguem confiaria um so real, excepto a Luiz de Vasconcel- los pelo muito dinheiro que trouxe do Rio de Janeiro. Diz porem Jacome Ratton (2), o qual era homem de negocios e conhecia admiravelmente a sociedade portugueza do seu tempo, que a riqueza accumulada, segundo era fama geral no Brazil pela economia de Luiz de Vasconcellos, nao ap- pareceu, nem antes nem depois da sua morte.
De Villa Verde, o outro ministro do Principe em Lisboa alem de Antonio de Araujo, escrevia com graga na mesma
��(1) Carta cit. ao Principe Regemte de Novcmbro de 1799, no Arch. Pub. do Rio dt> Janeiro, (l*)
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