DOM JOAO VI NO BRAZIL 267

deu a sua intransigencia n esta materia origem a questoes que enchem paginas dos livros de registro da velha Secreta- ria de estrangeiros e ate tiveram repercussao nas columnas do TimeSj nao duvidando o embaixador Palmella responder sob pseudonymo aos communicados desfavoraveis alii in- sertos.

Era, por exemplo, entre os nacionaes usanca a qual nao ousariam esquivar-se, desmontarem das suas cavalgaduras ou apearem-se das suas carruagens para saudar, de chapeu na mao e dorso curvado, quando nao para se ajoelhar, na pas- sagem de pessoa da familia real que andasse tomando ar de carro ou a cavallo. Os estrangeiros achavam em demasia ser- vil o acto completo de respeito como se costumava praticar, julgando demonstragao bastante o descobrirem-se marcada- mente; mas os cadetes que rodeavam o augusto passeante, si aQulados como era o caso com Dona Carlota, muito ciosa das suas attribuicoes e prerogativas pretendiam coagil-os a imitarem os nacionaes. N esse afan nem as immunidades offi- ciaes respeitavam, obrigando a forga, ou pelo menos sob ameacas, representantes diplomaticos e commandantes de va- sos de guerra a acquiescerem com o habito tradicional.

Nem todos esses ministros e officiaes tiveram o expe- diente do ministro americano Sumter o qual, com o espi- rito pratico da sua raga, forneceu n este assumpto o melhor modelo. Insultado um dia pelo motivo alludido, em vez de recorrer a reclamagoes tediosas que consumiam tempo e so davam em resultado leves castigos para os delinquentes, na melhor hypothese, de ser concedida reparagao ; armou-se Sumter de um par de pistol as e, n outra occasiao em que foi provocado, forgou os cadetes a recuarem sob pena de fazer fogo sobre elles. Nova e peremptoria ordem de aggres-

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