278 DOM JOAO VI NO BRAZIL

rious, e e f ama que de tanto veio a morrer ( i ) . Dona Carlota so se reconciliou entretanto com o casamento, que tao auspfcfoso se afigurava a Dom Joao ao attentar na mutua affeigao dos noivos, quando, absorta nos seus sonhos de poderio, reflectiu na approximagao de dynastias, e unidade

��(1) As cart as de Marrocos referem-no francamente. "O Senhor Infante I). Pedro Carlos tern passado muito doe.nte, creio que por ex- cesso de st ii cxorcicio conjugal ; e poi 1 isso fizerao separar o.s c>;n.|uges,

estando tambem a Sra. I). Maria Thereza doemte " (Cart a de 3

de Aibril de 1812). " ,S. M. R. e mais Familia Real gozao de saude, se- gundo o estado relative da constituk;ao de cada hum : menos o Sr. Infante D. Pedro Carlos, a quern o novo estado conjugal tern feito nao pequeina impressao no seu sisterna nervoso, porem espera-se o seu bom restabelLecimento." (Carta de 23 de Maio de 1812).

A 26 comtudo fallecia o Infante em Sao Ohristovao. "Hoje se faz o seu funeral com a pompa mais brilhante e luzida que ho possi- vel. . . S. A. R. ondenou que se fizessem ao dito Sr. todos os obsequios, como se fos^e pessoa Reinsnte, e por is&o he luto geral..." i Carta de 29 de Maio de 1812). Os services foram com effeito dos mais impressi vas. Pouco antes se celebrara com grande esiplendor o bapti- zado do Infante Dom Sebastiao, primeiro neto do Principe Regent. \ executamdo- se todas as minudencias do ritual liturgico n um scenario de pratas e de aLcatifas da India, e agora as pressas e dolorosamente se su-bstituiam as expansoes festrvas pekis mortmirias, trocando-se polas decoracoes negras e roxas os adornos brancos e carmezins e to rn a ndo a e^a e as tocheiras o lugar das credencias e da pia baptismal. O funeral aicna-se miudamente narrado na obra do padre Luiz Gongalves dos Sanctos, que e uma chronica perfeita d estas e outras solemnidadea di- c5rte. Foi. pelo que ahi se descreve, urn acto militar. civil e religioso verdadeiramente regio. No prestito soibresahiiim os nobres e mais pessoas gradas com longas ca nas pretas e cnapeus desa<bados de que pendiam comipridos fiwnos. montados em cavallos colxu-tos de ampins mantas negraa e seguidos dos seus lacaios de libre, ostentamdo no brago osqii(>rdo os telizes com os respectivos brazoes das familias que serviam e alumiando a cstrada com brandoes ac- cesos. Precedlam o coche funebre puxado por oito machos ajaezados de lucto, e onde era o caixao posto e tirado pelos grandes do Reino. os capellaes e conegos tambem a cavallo e carrpgando toohas nas m^os. Logo atraz encorporavam-so, depois de feitas as continencias na pas- sagom do cadaver, as forrus da guarnigao que foa-mavam alas no percurso do sahimento.

IN este como nos outros enterros reaes effeictuados no Janeiro, da Rainha Dona Maria I e de sua irma Dona Manianna, os officios do defunctos rt sponscrios, laudes, absolvigoes e encommenda c5e8 -warn celcbrados por todo o estado eoclesiastico da cidade : com- innnidadrs religiosafl dos conventos. clero das freguezlas, collegladas de Sao P;>:lro o da Mis.Tk-ordia. O corpo ficou dc-positado no convento de Santo Antonio dos Capuchos.

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