DOM JOAO VI XO BRAZIL 11

e que nunca foi recommend avel senao pelas viagens que fez correndo a Posta e representando Tragedias e Comedias em sociedades galantes."

Combatendo a Revolucao, e forca convir que a coroa portugueza estava comtudo no seu papel. Si a Hespanha, an- tepondo sempre a todos os conchavos o seu sonho de unidade iberica, e persistentemente disposta a comprometter e annul- lar o unico obstaculo peninsular a tao tentadora miragem, mais tarde abandonou com descaro o alliado e assignou sosi- nha em Basilea a paz infamante de 1795- -contra quern depoe semelhante proceder senao contra o governo de Ma drid ? Portugal viu-se compellido, pelas circumstancias em que o deixou o abandono da Hespanha, a invocar com pueril astucia uma neutralidade tao problematica que, segundo declarava o proprio gabinete de Lisboa, a forc,a de antigos tratados de amizade com a Gra Bretanha o obrigava a vio- lar abertamente. No andar das espinhosas negociagoes as- sentes sobre uma base por tal modo fragil, nao podia o Reino deixar de recolher desconsideragoes e attrahir injurias. E esta a sorte inevitavel dos paizes pequenos e fracos, ate quando Ihes assiste o direito.

Demais, entrara Portugal n esse ponto a percorrer quica o mais difficultoso passo diploinatico dos seus annaes de nacao debil e de independencia invejada; constrangido de uma banda a implorar, para obter a benevolencia da Franga, a mediacao da Hespanha, cuja manhosa evolucao politica, em sentido favoravel ao Directorio, entao se estabelecia fran- camente ( I ) ; receioso, por outro lado, de offender o me- lindre britannico e soffrer-lhe nas colonias o raio vingador, de fulminagao plausivel visto que o Reino consentira em alie-

��(1) 19 de Agosto de 1796.

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