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��DOM JOAO VI NO BRAZIL

��inteiramente a attengao das outras potencias para as pirata- rias barbarescas e norte-americanas.

Na repressao dos assaltos barbarescos no Mediterraneo achava Portugal tambem conveniencfa directa, pois que por aquelle fempo se manifestara, como consequencia do enlace dynastico de Braganc,a e Habsburgo e da approximate das naqoes austriaca e portugueza, o intuito de desenvolver o commercio entre os portos do Adrfatico e os do Brazil. Cor- reria porem esse commercio o risco de ser gravemente com- promettido pelos piratas si os nao perseguissem as potencias navaes fortes. Portugal nao possuia marinha de guerra suffi- ciente para guardal-o, condigao tao indispensavel que os pro- prios Estados Unidos conservavam para semelhante fim forc,a maritima no Mediterraneo, constituindo ate os dares e tomares da joven republica anglo-saxonica com os beys de Tunis e Argel um capitulo interessante da historia diploma- tica norte-americana no alvorecer do seculo XIX.

As piratarias norte-americanas nao pertenciam, e de ver, directamente a iniciativa do governo de Washington. Marrocos n uma de suas cartas ( I ) falla mesmo de dous navios portuguezes, "que os Inglezes haviao tornado, por virem de fazer escravatura nos portos vedados pelo ultimo tratado, e que se dirigiao para a Bahia". Os Americanos, entao em guerra com os Inglezes, tiveram ensejo de reto- mal-os, e restituiram-n os a seus primitives donos.

Realizavam-se taes piratarias, com relagao a navios por tuguezes, a sombra da bandeira de Artigas e por meio de embarcagoes que, na maior parte, nunca tinham sahido de Montevideo, bloqueada como se achava por uma esquadra portugueza a entrada do Rio da Prata. Praticavam-nas cor-

��(1) Carta to 22 de Malo de 1S13.

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