DOM JOAO VI NO BRAZIL 443

pois, miLicias e ordenancas ( i ) theoricamente o povo em ar- mas e praticamente a policia do enorme t-erritorio brazileiro. Dadas semelhantes condicoes de desleixo militar, e facil fmaginar-se o que seria o service do commissariado. Nao existiam pecas leves de artilheria de campanha, nem pro- jectis ou polvora para as velhas pecas ferrugentas das bate- rias, nem mochilas, cobertores, sapatos, tendas, para o servico effectivo em caso de operacces, nem finalmente fortes em bom estado de conservagao e com def ezas adequadas. O Prin cipe Regente n este campo encontrou tudo por fazer.

Luccock descreve com horror a pequena escolta que ds principio acompanhava em sens passeios a mesquinha liteira da Rainha Dona Maria ou a traquitana de.Dom Joao, e que era composta de soldados montadcs em cavallos com os cas- cos sem ferraduras, muitos mancos, cegos de um olho, ou chaguentos, com as redeas concertadas com pedac,os de couro cru e os estribos enferrujados. Os homens, sujos ao ponto de repugnantes, envergavam fardas azues desbotadas e remen- dadas, sem colletes, nem luvas, nem meias, ostentando ape- nas um cinturao de algodao e umas botas velhas e esbura- cadas que nunca viam graixa nem escova. O equipamento bel- lico era pelo mesmo theor: as cartucheiras e capacetes anti- quados, as espadas de tamanhos desiguaes, as carabinas e pistolas dos modelos mais velhos e obsoletos.

A pungente descripgao legada por. Luccock e tanto me- nos suspeita quanto o mesmo observador nao poupa elogio- sas referencias a subsequente transformacao. Reza o seu livro, ao tratar de epocha posterior, que em departamento ou ramo

��(1) As milicms tinliam os sous coron^is t> as onlonauqr.s os sens J amosos cupitaps-mores. <iuo oram clietVs civis e tnilitares residindo inn on caua villa OU aJdeia, juntamentc com um correg-edor ou fiscal (ii> jusliya.

�� �