��548 DOM JOAO VI NO BRAZIL
��de guerra-tem dado que fallar a muita gente, tirando disso argumento para a breve sahida da Familia Real destas terras: prouvera a Deus que isso assim fosse ! mas infelizmente nao sao ainda para ess-e destino : basta so que conhegas que as cousas vao-se pondo outra vez feias. Da-me riso ou raiva, quando vejo dizer a algum tolo que quern fala deste modo he aquelle que nao tern vontade de ir a Lisboa: ora quern sabe as cousas e nao as pode dizer, por serem de segredo, ouvindo isto, ou se ri, ou Ihe chama tolo; porque he a des- forra que tern. A vista disto o melhor he ouvir e calar, por que este systema nao pode causar damno a quern o usa" (i).
Justarhente pelos dias em que Marrocos assim exprimia seu desconsolo, deixava o porto do Rio a esquadra britannica cuja gorada missao motivou a retirada de Strangford simul- taneamente. "Hontem he que sahirao daqui Strangford e o Vice Almirante Beresford na Nao destinada para S. A. R. ir daqui a Lisboa. S. A. R. ficou delles tao zangado e aborre- cjido, que, quando elles arribarao a primeira vez por falta de vento, foi logo para a Ilha do Governador, donde nao in- tentava vir, emquanto elles aqui se demorassem, para os nao ver mais" (2).
Nao se pode descrever mais concisa e cabalmente o man humor que em Dom jfoao havia provocado a insistencia ingleza, sem consideracao pela sua repugnancia ao projecto de abandonar a nova sede da monarchia. Strangford tinha-se alias tornado mal visto do Principe Regente, muito cioso de facto das suas prerogativas, pela constante ingerencia que pretendia exercer em assumptos de pura administrate e
��(1) Carta & irmS, de 10 de Abril de 1815.
(2) Carta ao Pal, de 16 de Abril de 1S15.
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