DOM JOAO VI NO BRAZIL 549

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ate na escolha do alto pessoal governativo. Diz-se-por exem- plo que elle fez decidida opposic.ao a ultima entrada de Barca no ministerio, ainda que esta increpagao ao diplomata esteja de algum modo em desaccordo com um episodic nar- rado pelo proprio Barca em carta ao Dr. Abrantes e Cas tro, quando retirado em Lisboa e desavindo com Vicente Nolasco o antigo redactor do Investigator Portuguez.

A proposito da sua conhecida rixa com os Souzas, re- fere Barca com sua habitual tolerancia que "pouco tempo antes da morte do conde de Linhares, tinha lord Strangford disposto uma entrevista em sua caza entre mim, e elle para nos explicarmos e nella fazia eu tenqao de Ihe mostrar por cartas que conservo do duque de Serra Capriola, ministro de Napoles em Petersburgo, quanto era falso, que eu mo- vesse aquella corte para nao receber D. Jose Maria ( I ) ; a causa nao foi outra senao sua mulher (2), como era facil de ver; tentei eu mesmo particularrnente saber si o rece- beriao em Viena, e a resposta foi a mesma" (3).

Seja como for com relagao ao episodic da chamada de Barca aos conselhos da coroa, e corrente que Doin Joao fez queixa ao Principe Regente da Gra Bretanha do seu re- presentante no Rio de Janeiro, parecendo todavia apocry- pho o documento publicado por Mello Moraes (4) como o dirigido pelo Principe Regente de Portugal : a linguagem mesma esta longe de ser a de cartas d essa natureza. Tao conscio estava comtudo Strangford do desagrado em que in- correra e das circumstancias todas da sua retirada, que re-

��(1) Sobrintio de Linhares e de Fuiichal.

(2) A cele bre Madame de Souza.

C!i l.\\\:\ 7 (la K olliMMjao Liaharcs, na J.lbliot hoca Xacional do llio do Janeiro.

(4) r>raxil-;Ki inu c 1 Brazil-Imp", ! 1 ! , pair. 170.

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