58 DOM JOAO VI NO BRAZIL

glaterra ia restituir o valimento. A pergunta de Junot sobre as razoes do embarque da corte e a sua estranheza da des- confianga que semelhante acto denunciava, Dom Joao ha- veria respondfdo que nao podia deixar de nutrir descon- fiangas de quern assim mandava invadir o seu paiz, e encar- regado Junot de declarar ao Imperador dos Francezes que o Regente de Portugal desdenhava a allianga ambiciosa e a protecgao traigoeira d aquelle que nao trepidava em dura- mente qualiffcar de dishonourable man (a expressao fica em inglez porque corre exclusivamente por conta do conde Tho mas O Neill).

A esquadra britannica esperava fora da barra afim de comboiar a esquadra nacional, e de muito Ihe valeu no tem poral que logo a sahida do porto momentaneamente a dis- persou. Serenade o mar, os Inglezes forneceram os navios portuguezes do muito indispensavel que ainda Ihes faltava; executaram-se alguns reparos urgentes de avarias causadas pela borrasca; destacou-se para Inglaterra uma das naus por incapaz, indo no seu lugar a Martini de Freitas e acompa- nhando aquella a chalupa Confiance, commandante Yeo, despachada pelo almirante para levar ao governo britannico as noticias da partida (i).

Lord Strangford acompanhou a frota anglo-lusa ate o dia 5 de Dezembro, na altura entre Madeira e Azores, voltando entao para Inglaterra, donde pouco depois embar- caria directamente para o Rio de Janeiro. Tambem sir Sidney Smith somente partiria mais tarde, a 13 de Margo no Fou- droyant, seguido pelo Agamemnon, chegando ao Rio a 17 de Maio de 1808.

��(1) Memoirs of Admiral Sir Sidney Smith, etc.

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