DOM JOlO VI NO BRAZIL 723

nao podia deixar de ser huma calamidade para a Eu- ropa . (i)

A Hespanha liberal julgava entretanto posto que erra- damente, pois que bastaria lembrar-se que ao tempo das pri- meiras tentativas de separagao envergara justamente a me- tropole vestes constitucionaes, ser a transformagao politica operada no seu seio motivo sufficiente para attrahir as co- lonias rebelladas e refazer-se a ligagao despedagada. Ao tao protelado projecto de reconquista tinha ella mesmo de re- nunciar por completo, considerando suas novas esperangas, sua nova orientacao, suas novas preoccupacoes e, muito par- ticularmente, a impopularidade da expedigao ultramarina entre os militares.

O perigo nao cessava comtudo para o Brazil de um rechasso, subsistindo ate maior com a uniao federativa de Buenos Ayres, Santa Fe e Entre-Rios, ao que se suppunha ou suppunha pelo menos a diplomacia portugueza com an- nuencia e apoio de Artigas - "capitao general da Banda Oriental" - que para semelhante fim teria delegado seus poderes e instrucgoes ao governador de Entre-Rios. Para mais a tal resultado parecia nao haver sido estranho, senao o governo britannico, o commodoro Hardy, chefe da es- quadra ingleza estacionada no Rio da Prata e, pelo que n aquelle tempo se disse, despachado no intuito de auxiliar a tramada deposigao de Pueyrredon e o estabelecimento da concordia entre as Provincias pouco unidas.

Favorecendo a conspiragao de Sarratea, que por longo tempo vivera na Inglaterra, contra o Director inclinado a solugao monarchica por falta d outra melhor ou de mais

��(1) Officio cit. de 6 de Maio do 1820, ibidem.

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