DOM JOAO VI NO BRAZIL 761

Nem a administrate) publica, nem os trabalhos publicos augmentaram em analoga proporgao, antes pouca diffe- renga denotam de um para outro orgamento, apezar do im- pulso tornado pelo paiz. Ha mister admittir que os resul- tados alcangados sob o governo directo e paternal de Dom Joao VI, por mais importantes que apparegam quando co- tejados com a esterilidade de algumas administrates ante- riores, foram em muitos casos insignificantes, ou pelo menos nao merecem todas as louvaminhas de que e modelo a chronica do padre Luiz Gongalves, e toda a farfalhada dos informes officiaes.

Nem os meios empregados permittiam superiores resul- tados, nem era possivel, como muito bem observa Handel- mann, n um imperio de semelhante extensao (elle o appellida monstruoso) conseguir-se realizar n um abrir e fechar de olhos tanto como o apregoado. As razoes do grande escarceo feito pelo governo do Rio da sua obra civilizadora -nao seria maior si tivesse praticado maravilhas foram dadas por Eschwege, o distinctissimo engenheiro allemao que serviu de intend>ente das minas de 1810 a 1821 e deixou sobre o Brazil paginas de fina observagao e notaveis

��Orcamento de 1820

��Casa Real (entrand-o a 11 char ia por 436 centos, as

despezas do porteiro por 167 contos e contando in-

tendencias e concertos dos palacios re*es, ca-

ipella, etc.) . . 1.706 :035$G30

Exercito 1-670 :730$616

Marinha 1-034 :581$746

Pensoes 148 :598$923

Thesouro real (excluidas as pensoes e contando-se

administragoes, tribimaes, juntas, professores,

correio, etc.) 447 :777$130

Kxpediente das c&rtes de justiga, <e,tc. 163 :774$869

Obras Publicas 81 :540$716

Desipezas extraordiaarias 788 :145$2^7

(Preycind. oh. cit.)

D. J. 48

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