DOM JOAO VI NO BRAZIL 817

O meio de facto mais seguro para o governo britannico de obstar a tao fallada invasao hespanhola de Portugal em represalia da occupagao de Montevideo, seria prevenil-a por meio de uma occupagao ingleza de Lisboa, assim indi- rectamente provocada pela revolta de regimentos nacionaes. Por outro lado parecia este o melhor modo de dar realidade ao constante desejo da corte de Saint James e fazer regressar para o velho Reino a familia real portugueza.

Gomes Freire foi a victima illustre que na occasiao se offereceu e cujo supplicio precedeu de trez annos a ex- plosao do rancor popular. Entao o seu patibulo se ergueu a meio do espanto, da consternacao e do receio, assim como na Bahia o tragico episodic do fusilamento do padre Roma, encarregado de activar as ligacoes clandestinas, se passou rodeado d um silencio lugubre e medroso. O anno corria pessimo para as ideas liberaes.

Quando o corpo expedicionario de Luiz do Rego, de quasi 3.000 homens (i), embarcou a 30 de Abril (2) jun- tamente com muitos voluntaries das milicias, formando com a gente da Bahia, Sergipe e Alagoas urn total approximado de 8.000 homens, no calculo de Maler, o desanimo reinava sem partilha na provincia rebelde. No Rio no emtanto cons- tava e causava apprehensoes a propalada actividade do go verno provisorio no organizar a resistencia, confiada em terra a 4.000 ou 5.000 homens, conforme se orcava depois de augmentados os regimentos, e no m r ar "a um brigue com

��(1) Compiraha-se de 2 batulhdes do inf.intn.rin, 1 clt> . ros, 1 (I; 1 (Mt. adoros. dous osqiiEdrdes que dcvi .m i-oci^ior ;i oavalhada na Bahia (e d ahi regressaram ]>or inutois) o um destac.imiTilo de ar- tilharia de 160 hornons e 8 pegas de cjimpanlm. (Offkio de Maler de 2 dc Maio de 1817).

( 2) Partiu a expedkjao a 4 do Maio na ana Vasco da Cum a, servrado de trausporte, com um brigue e duas sun.icas.

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