DOM JOAO VI NO BRAZIL 911

Waldeck e que apj)licou com Beresford - - foi indubitavel- mente um bem, porquanto sob elle, que era a theoria, e ajun- tando-se a pratica da guerra, o soldado portuguez, sem nada perder do seu denodo, aperfeigoou o seu garbo militar e aprendeu a manobrar com mais precisao, assim lucrando tambem debaixo do ponto de vista technico.

Pondera todavia Freycinet, dos mais conscienciosos e bem informados visitantes do Brazil de Dom Joao VI, que o soldado portuguez cujos predicados principaes eram, alem da bravura, a subordinate e a sobriedade, perdera justa- mente em relagao a estes aspectos, tornando-se menos tem- perante, exigente e muitas vezes indisciplinado ( mutin ) , por haverem-no os chefes estrangeiros, o interesse dos quaes estava em captar a confianga e a estima da forga da nagao, afeito a continuas reclamac.6es e d este modo levado a despir se da antiga e illimitada docilidade (i).

O importante porem era que o Reino Unido de Por tugal e Brazil contava agora com um exercito moldado por uma composiqao militar. Vimos como foi especialmente sa- tisfactoria a exhibigao bellica por occasiao da revolugao per- nambucana; como foram os seus arranjos executados de um modo firme e decidido, desenvolvendo o proprio Rei, contra seus habitos commodistas, notavel actividade physica nas

��(1) Acaba de ser recordado que Beresford foi de proposito ao Brazil a cata de premios para as seus subordinados. Palmella com muita razao igualmente se occupou, em Londres, da compensagao pe- cuniaria que as forqas portuguezas competia pelos despojos da cam- panha peninsular, tendo-a o Parlamento Britannico exclusivamente votado para as forqas inglezas. Com sua habitual felicidade arrancou o diplomata essa justa indemnizagao, ja quasi ao deixar a missao com destino ao Rio.

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