1060 DOM JOAO VI NO BRAZIL
ponderahte como na Inglaterra, e machinando com insisten- cia a restituigao do Rei a se-de da velha corte portugueza, emquanto permanecia o herdeiro da coroa no Brazil e ahi proseguia o regimen em vigor, com algumas variantes mais de forma que de fundo.
Thomaz Antonio pensava, e nao mal, o opposto: que Dom Joao VI e quern devia ficar no Brazil e Dom Pedro ir para Portugal, porque, uma vez desunido, o Reino ameri- cano nao mais se tornaria a ligar ao europeu, ao passo que este, si por acaso levasse o desvario ao ponto de proclamar-se republicano, depressa volveria a sa razao, nao so coagido pela Santa Allianc^a, cuja intervencao entao se imporia, como principalmente movido pelo receio da sua annexagao pela Hespanha, faltando-lhe a melhor garantia da propria inde- pendencia com o inevitavel repudio pela Inglaterra de uma demagogia.
Ja Ihe nao merecia, a Thomaz Antonio, particular preoccupagao a hypothese, tao aventada antes, da substitui- gao da fanrilia de Braganga pela de Cadaval, apezar de em tempo ter o governo do Rio feito pelo marquez de Marialva obstar a ida do duque de Luxemburgo a Portugal, para assis- tir com grande espavento ao casamento do sobrinho, e d este, quando se deu a revolucao de 1820, alardear muito constitu- cionalismo e dar mostras de querer representar em Lisboa o papel que em Pariz estava desempenhando com rara habili- dade o Duque d Orleans.
Arcos, com suas pretencoes a valido do joven Principe herdeiro, ia no encalco de Palmella e aconselhava a regencia no Rio de Janeiro, da qual elle se constituia em mente a principal figura porque nao previa que ja representaria o personagem um nacional, cujo valor, pelo menos de scien-
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