DOM JOAO VI NO BRAZIL 1061
tista e de homem de caracter (i), nao escapara a Thomaz Antonio, que o quizera ligar a alta administragao do novo Reino.
Qualquer que fosse a combinagao, as circumstancias estavam todas convergindo para a scisao do Estado elevado a dignidade de parte integrante, por direito proprio, da mo- narchia, quando foi precise dar a Portugal, afim de que hom- breasse em Vienna com as potencias maiores, o status corres- pondente, pelo menos territorial. Nao as enxergava comtudo Palmella com sua habitual agudeza, quando desembarcava no Rio no firme proposito de reconduzir o Rei para Lisboa.
Dous motivos o impelliam para isso. Primeiramente, estava capacitado, e nao se pode dizer que sem justeza, de que no estado de confusao material e moral na qual deixara o Portugal revolucionario de 1820 confusao mais real mesmo do que apparente, porque na superficie contrastava ate a serenidade portugueza com a agitacao hespanhola- somente a presenga do Rei em pessoa teria prestigio suffi- ciente para impor ao movimento a precisa orientagao, a um tempo liberal e conservadora.
Depois, Palmella nutria a justificada ambigao de assu- mir com a nova ordem de cousas uma importancia politica mais saliente ainda: tinha para tanto a consci-encia de ver longe n uma sociedade de myopes, de possuir sangue frio n um meio em que geralmente se andava as tontas. Semelhante im-
��(1) O encarrogado de nogocios norti^amoricano Condy Rasuot, cnja corrospondcncia o actividad* 4 indii-ain tcr sido um diplomat;) sagaz (-> ti-ct (>!j;o, ( scrcvcndo i>ara Washinjxl on orn 1 K 2 2 sol)n> .loso Bonifacio, fazia plona jns1i<;a ao sou morociinento intolloctual. mas no^ava-lhe dotes dc csladisla o so])rotudo capacidadc d(> adniinistrador. No dixcr dr Ilajxnot, o I alriarcha da Indopcndoncia, son do um minoralojjista no- tavol, nao estava politioamenci^ a altura dos cvondis a quo por assirn dizor yresidiu. (Arch, da Emb. Amcric. no Brazil).
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