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ECHOS

D’est’alma, que pena, tu tens escutado
Os prantos que verte, as queixas que exhala;
Mas inda não sabes quanto é cruciante
A dor insoffrivel, que 'n ella me cála.

Vem, noite, querida de quantos procuram
Pungentes angustias no seio occultar;
De quantos, queixosos, aspiram somente
Poderem bem livres á dor se entregar.

No brando silencio tu sempre has de ver
O pranto brotar-me dos olhos cansados;
O pranto que aos risos prefiro d’aquelles
Que, cégos, se julgam mimosos dos fados.


2 de Setembro de 1849.