Á FONTINHA.


Porque estás assim queixosa,
Qual triste lamentação,
Que sobre a campa do morto
Solta afflicto coração?
Porque suspiras, fontinha,
Porque gemes, pobresinha?

Temes que d’esta montanha,
Em cuja base murmuras,
Algum pedaço, rolando,
Turve-te as aguas tão puras?
Receias, que um sol ardente
Te esgote a clara nascente?