edito de Nantes, á expulsão dos judeus, a missionarios apupados pela população chineza.

Ha dias vi um velho frade franciscano, assustado e melancolico, comprando timidamente uma maleta; havia tanta amargura no olhar, que o pobre mendicante dava áquelle sacco de couro que ia ser seu companheiro d’exilio — que me veio uma colera, uma revolta contra o snr. Julio Ferry e o seu nacionalismo prouddhomesco.

Ora nada mais impolitico que provocar este sentimento: o frade torna-se assim mais interessante; e os fracos, os sentimentaes, os religiosos; as mulheres são attrahidas para este exilado, este martyr errante, esta victima dos Dioclecianos de chapéu alto, que se lhes afigura a encarnação mesma do crucificado.

Eu não sou um devoto, mas parece-me impio exilar aquelles que não têm as nossas opiniões. E uma republica que expulsa uma classe inteira de cidadãos por acreditarem na graça, accenderem luzes á Virgem Maria e considerarem o conde Chambord como um sêr providencial e um Messias forte — mostra uma grande falta de senso politico, e pratica um vergonhoso abuso da força.

Mas supponhamos que elles são grandes criminosos. Pois bem! estamos agora n’um momento de clemencia publica, perdoou-se hontem áquelles que consideram Deus um tyranno; perdõe-se hoje áquelles que consideram Luiz XVI um santo. E aqui está o que eu humildemente proporia; — que a amnis-