a moça para a sala próxima. Sua expressão era calma e natural; ninguém diria que ele ocultava um desígnio funesto.

Essa placidez aquietou a agitação da moça que para não toldar novamente o animo do marido absteve-se de revelar o seu terror. Hermano como se nada houvesse ocorrido entre ambos, passou a conversar acerca de coisas indiferentes, lembrando à mulher vários divertimentos, que ela recusou.

Na continuação da conversa, Amália confiada nessa tranqüilidade, e querendo de uma vez acabar com a sua inquietação, perguntou ao marido de que meio se tinha lembrado para realizar a separação.

— O meio? disse ele. Só há um, Amália.

— Qual?.

— A morte.

— Então, é verdade, quer matar-se? exclamou a moça com desespero, e travando das mãos do marido, como para retê-lo junto a si.

— Já sou um morto Metade do meu ser há cinco anos desceu à sepultura. A outra metade que ficou neste mundo, para expiação de suas culpas, não teria perturbado a sua felicidade, se estivesse reunida àquela e restituída ao pó.

— Mas eu não quero que morra, Hermano!