Deu-me sua vida; ela me pertence; a mim também.
— Não a podia dar, Amália! Não lhe confessei já que sou indigno, que a enganei?.
— Pois bem! Esta união é nula; não existe. Mas a culpa é toda minha: carregarei com ela. Direi a minha mãe que arrependi-me, que não tinha propensão para o casamento, que não sei fazer a felicidade de meu marido... Direi o que for preciso, contanto que viva, Hermano!
— Para quê, Amália, se a amo, e não posso e não devo amá-la! respondeu o marido.
— Também eu o amo; mas não penso em matar-me!
Hermano sorriu:
— Não preciso matar-me; basta morrer.
— Jura-me que não atentará contra sua vida?.
— Já disse, Amália. Não careço do suicídio. Para que soprar a luz, se ela apaga-se por si?.
·— Mas dê-me sempre esse juramento para sossegar o meu coração.
— Juro.
— Por ela?... Por Julieta?.
— Sim.
Estas cenas abalaram profundamente o espírito de Amália. que abandonou a idéia de separar-se do mando, naquelas circunstâncias, deixando-o