— Não, senhor. Olhe, por dez tostões leve este de D. Miguel; o papel está bem conservado, e, com pouco dinheiro, manda-lhe pôr um caixilho. Vá; dez tostões.

— Se eu já estou arrependido... Dez tostões pelo imperador.

— Ah! isso não! Custou-me mil e setecentos, há três semanas; ganho uns trezentos réis, quase nada. Ganho menos com o Senhor D. Miguel, mas também concordo que é menos procurado. Este de D. Pedro I, se passar amanhã, talvez já o não ache. Vá, sim?

— Eu passo depois.

Paulo já ia andando e mirando Robespierre; Pedro alcançou-o.

— Olhe, leve por sete tostões o senhor D. Miguel.

Pedro abanou a cabeça.

— Seis tostões serve?

Pedro, ao lado do irmão, desenrolara a sua gravura. O velho lojista quis ainda bradar: "Cinco tostões!" mas iam já longe, e ficava mal negociar assim.