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Se ao curvo alfange, se ao pelouro ardente
Politica malvada a Grecia rende;
As bandeiras da cruz, da liberdade,
Farpadas inda ondeiam.

Como as gotas da chuva, o sangue ensopa
Arido pó de campos devastados;
Como do funéral lugubre sino,
Gemidos mil retumbam.

Perecerás, ó Grecia, mas comtigo
Murcharão de Albion honra e renome.

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Não desmaies, porém; a divindade
Roborará teu braço; e na memoria
Gravará para exemplo, os altos feitos
Dos illustres passados.

Eis os mirrados ossos já se animam
De Melciades, lá na campa fria
Ergue a cabeça e grito dá tremendo
Para acordar os netos.

Hellenos, brada, o' vós prole divina,
Basta de escravidão, não mais opprobios!
E' tempo de quebrar grilhão pesado,
E de vingar infamias.