Ao entrar pareceu-me ver um vulto no caramanchel. Saudei. E a voz meiga de Miss Fanny respondeu da sombra.

As magnólias rescendiam. Brandt tocava. À varanda Miss Barkley e o comendador, afundados em poltronas de vime, conversavam. Parei um momento gabando a noite e, a propósito, o comendador felicitou-me:

— Estamos livres do inglês por algum tempo. Escreveu a Miss Barkley pedindo umas coisas. Está na Tijuca, com o Smith. Que se fique por lá o mais que puder.

Miss, rompendo a sua discrição, estranhou, pela primeira vez, o mistério daquela vida. Não era natural. Excentricidades tem-nas muita gente, mas não tantas; era demais. Enfim... Como não incomodava...

— Não incomoda! Exclamou o comendador. Menos essa. Não há pior vizinho.

— Isso foi uma noite, defendi. Naturalmente o senhor não tinha sono. Eu vivo paredes meias com ele e nada ouvi, apesar de acordado.

— Pois sim... Os sons do piano de Brandt