como as águas límpidas e matizadas de flores.

Levantei-o de leve e, só com erguer-lhe uma das pontas, enfunou-se ondulando como a neblina ao vento.

Descobri todo o corpo e, com violento tremor, recuei horrorizado reconhecendo, no cadáver que ali jazia, Arhat.

A luz fúnebre dava-lhe em cheio no rosto lívido e cavado, arroxeava-lhe as mãos engelhadas, afundava-lhe as órbitas, punha-lhe em mais saliente reponte o queixo agudo.

O terror avassalou-me — ia-se-me o espírito e o corpo rendia-se abatendo junto do esquife.

Vacilei, dobraram-se-me os joelhos em lassidão covarde; amparei-me a uma urna.

Rumores soturnos atroavam, talvez o vento a gemer fora ou... quem sabe! Soergui-me e, incerto, tateando, sem ver ao clarão tumbal daquele recinto de morte, caminhei hirto, rígido, abalroando com as paredes e, alcançando a passagem abobadada, deitei a correr espavorido.