te fosses iniciando nos símbolos esotéricos, isto é, na “razão íntima” do ceremonial o teu espírito iluminado iria apreendendo a beleza e a significação dos passes mais sutis e alcançarias a verdade ideal. A música é assim.

Não basta ouvi-la, é necessário entendê-la, senti-la, interpreta-la; ter a emoção e o conhecimento. Nas sinfonias de Beethoven não há uma nota excessiva como não há na árvore mais frondosa uma folha inútil.

A música é uma linguagem aparentemente fácil e é a mais díficil de todas. Sete são as notas, umas nas linhas, como rojadas na terra, outras no espaço, pairando: répteis e aves, alfombra e nuvem, flor e estrela. Sete são os valores, sete as pausas, sete os acidentes, sete as claves, três os compassos. É pouco e é tudo. Na pauta cabem todas as vozes, todos os ruídos. As cordas são cinco e bastam: nelas cicia a aragem sutil e estronda fragorosa a fúria das tormentas.

Todas as harmonias da natureza estão contidas dentro da cerca do pentagrama.

Chegou à janela, ficou