a mais nova de oito filhos que se dispersaram, crescera, sempre franzina e tolhiça, no meio de sábios taciturnos e quakers de austeridade férrea, saindo de controvérsias científicas para esmiuçados comentários da Bíblia, entre o choral de Lutero e as meigas canções dos high-landers que, à noite, recordando, em cenáculo, a terra nativa, os velhos e os amigos da casa, reunidos à mesa ou à volta do lume, entoavam em tom místico, como se invocassem as divindades das colinas oferecendo-lhes, no canto saudoso, o sacrifício de mais um dia curtido na terra do exílio.

Instruira-se solidamente e, aos dezoito anos, deixara a casa paterna partindo para a Austrália como preceptora. Lá vivera três anos e de lá viera, numa necessidade de sol, para o Brasil onde, em um lustro de incessante labor, conseguira firmar um nome honesto, sempre numa auréola de crianças que lhe atordoavam as saudades do coração e os pensamentos de alma com o festivo barulho dos seus brinquedos e a alegria límpida do seu