Entraram em surdos passos guiando as crianças sarapantadas.

Um cheiro de flores pairou docemente no ar como trazido em hálito de vergel e o bando deslizou em fila, sumindo no pequenino quarto mortuário.

O comendador confessou que estava verdadeiramente penalizado daquela “catástrofe”: Tão moça! Coitada... Penalva perguntou — se já fora vê-la? O velho espalmou a mão diante dos olhos como na repulsa de uma visão terrífica, com todo o rosto em esgar enojado:

— Não. Não gosto de ver defuntos, sempre impressionam e a gente, quando chega a certa idade, deve evitar esses espetáculos. Se um dia de chuva, como o de hoje, põe-me nervoso, imagine uma criatura morta. Não! Quero-me com o meu sol, com o barulho, com a vida. E curvou-se sobre a xícara de café chupando-o aos sorvos.

Penalva referiu-se à beleza da finada:

— Parece de mármore, comendador, até as sardas esmaeceram. Está linda! O