No andar superior, perto da escada, eu tinha uma saleta e um quarto. Ao fundo, em vastos salões, Pericles de Sá, viúvo, empreiteiro de obras e fotógrafo aos domingos, e à frente, enchendo o salão e três peças, inclusive o terraço entulhado de tinas e de vasos de plantas como um jardim babilônico, o formoso e excêntrico James Marian.

Sim, Basílio um guarda-livros; tinha no primeiro andar, um quarto ascético, que era o desespero de Miss Barkley, porque o homem fazia questão de o manter em desordem, com os livros espalhados, os jornais, as revistas pelo chão e berrava, vociferava quando, ao entrar, via os volumes em rimas ordenadas, os jornais emaçados, as revistas em pilhas, os cachimbos em uma prateleirinha. Esteve uma vez para mudar-se porque Miss Barkley, com o seu espírito de ordem, pôs-lhe no quarto uma estante de ferro e, pacientemente, com verdadeiro prazer, arrumou nela os livros.

No porão, à frente, moravam três rapazes exemplares — um estudante de direito,