passarmos junto de uma acácia florida, ao meneio dos ramos acenosos, entrou a árvore a esparzir toda a riqueza dos seus corimbos e as flores, caindo sobre o Mestre, passavam-lhe em chuva de ouro através do corpo e assim borboletas e abelhas e todas resplandeciam como o pólen aéreo quando entra na zona de um raio de sol.

Não era o seu corpo empeço à visão da paisagem que toda se me mostrava através dele como vista por um vidral dourado. Os ramos iluminavam-se ao clarão do seu peito, os seus pés eram dois esplendores que faziam rebrilhar o saibro, as suas mãos refrangiam raios iriados clareando os arbustos sobre que pairavam.

Diáfano e luminoso, achegando-se a mim, deu-me apenas uma suave sensação de calor. Por vezes confundia-se comigo ou eu entrava por ele e sentia-me como em pleno sol e a minha sombra desaparecia na terra.

O lírio murchava. Arhat, taciturno, parecia flutuar em arejo — seus pés juntos, imóveis nem roçavam o solo e direito, inflexível,