olhando-a fixamente, vi que toda a parede dissolvia-se sobre um fundo estrelado, que era o céu e, em baixo, estendia-se a amurada de um navio encostado à qual, imóvel, os olhos fitos no meu rosto, estava James Marian, belo e pálido envolto em suave luar misterioso.

Apesar do atordoamento eu ainda pensava, raciocinava e sentia que era vítima de uma alucinação, posto que a vista fosse perfeita, nítida como se, efetivamente, representasse o real. Mas não, era bem a minha sala, e, insistindo no olhar, pouco a pouco foi-se a visualidade esbatendo, diluindo, a parede reapareceu encobrindo o céu e a figura do mancebo e, onde ele estava, recortou-se a porta entreaberta. Só então dei por mim sentado, com o suor em bagas pela fronte. Ardia abrasado em intenso calor de febre, mas os dentes entraram a bater com estrepito.

Clarões e treva, como em tormenta cortada de relâmpagos, sucediam-se; ressoaram as vozes, os rumores confusos, voltou-me a