Abri assombrado e repentinamente os olhos, apoiei-me ao encosto do divã forcejando por levantar-me, mas a minha energia ficou inutilizada em uma moleza flácida, fofa, como se eu me firmasse em pastas de algodão.

Lá fora, tão perto! A vida agitava-se — eu ouvia vozes, rumor de carros, sons de piano; por vezes, à aragem da noite, o doce rumor das palmeiras arfava como um ofego de amor. E eu sofria.

Como se andassem a apagar luzes dentro em mim, uma a uma, eu sentia a treva avançar, fria e trágica.

O meu cérebro escurecia como uma cidade ao amanhecer — longas avenidas, iam ficando em sombra, nubladas, desertas. Eu ia acabar, era o meu último dia, a minha hora extrema e finava-me desamparado, só, sem, ao menos, poder chamar alguém em meu socorro porque faltava-me a voz.

Os olhos, poderosamente atraídos, voltaram-se para a porta, a porta por onde entrara e saíra James, o homem espectro e,