me. Além das senhoras, o único com quem posso comunicar. Lembra-se do nosso primeiro encontro?

— Sim, lembro-me.

— Eu saia de uma crise, da “aura”, e o senhor acompanhou-me, alentou-me. Devo- lhe esta bondade. Os mais...

— Não tem razão, mister James. Se os outros o não procuram e porque o vêm retraído. Todos aqui o estimam...

— A mim?! Estimam-me...? Porquê? Que lhes fiz eu? Têm curiosidade de mim, é o que o senhor quer dizer. Querem devassar-me, ver o que tenho na alma. Sempre evitei a amizade para não sofrer: se a encontrasse verdadeira poderia perdê-la e seria um desgraçado, se me traíssem... não sei. Tive um protetor, Arhat. Vivi em sua companhia e ele velou por mim. Não era de amor que me cercava, mas de cuidados: eu era feitura sua obra do seu saber. Tinha grande zelo por mim, sempre atento à minha saúde, às minhas tristezas, medicando-me, defendendo-me de todo o mal para que eu resistisse. Eu