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Meiga, triste e pensativa,
Na voz languida e mimosa,
Solta gemidos aos céos
Aguardando mui saudosa
Por seu bem, que em longes terras,
Vive vida tão penosa.
Amo o silencio da noite,
Quando de Deus Creador,
Contemplo o immenso poder,
Seu grande e infinito amor:
Então ufano quizera
Ser sublime trovador,
Que dedicára a meu Deus
Doces cantos de primor.
E já que a lyra não vibro
Com sonóra melodia,
Cantarei como cantou
Poeta d’alta magia:
«Como é bello este silencio
«Da terra todo harmonia,
«Que aos céos a mente arrebata,
«Cheia de meiga poesia:»