«Tu és inda joven, e pódes na terra
«O prisma da vida, na vida sorver;
«Não sejas descrido, não queiras de rôjo
«Na terra lançar o que has de obter.»
«Se já fatigado na lide affanosa
«De tanto soffrer, e de tanto carpir;
«Revive no mundo, temendo e fugindo
«Dos rostos fingidos de falso sorrir.»
«Se o embate dos homens de peitos falsarios
«Na terra te causa tristeza e terror,
«Procura e abraça tua Mãi, Deus e Patria,
«Da vida e do mundo o só norte d’amor»
Não sei se era um anjo, se sôpro divino
Quem d’alma estas fallas me vinha infiltrar,
Não sei que condão, e que forte magia
Prendiam meus olhos á strella a brilhar.
E a estrella fallou-me — e eu só entendi
Em maga harmonia — o seu doce fallar —
Contou-me inda mais, — mas eu callo no peito
As cousas que á terra não devo contar.