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NO ALBUM

DO ILLM.º SR.

J. J. Vieira de Carvalho.


Qual perla arrojada por vagas altivas
De ventos batida em horrivel tufão
Assim despontaste na terra em que vives
Nos plainos ardentes do ardente torrão.

Qual flôr expontanea sorrindo fragrante —
Que as mãos da procella por terra lançou —
Assim no rigor das areias ferventes —
Aos olhos do mundo o teu brilho murchou.

E murcha e pendida por sóes ahrasada
N’um horto privado das régas d’amor —
Tu vives mirrada aguardando saudosa
Um vaso doirado d’encanto e primor,

E embora o leu fado te cerque maldoso
D’espinhos ervados d’agudo pungir
Por terra não ficas de rojo prostrada
Porque has de no mundo mil vezes florir!


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