AINDA A ELLA!
Armia, oh! não te exponhas |
Mulher que tanto amei, e que amo ainda,
Não sei se Nume ou Deusa, Arminda minha,
Anjo, Nympha, Mulher, meu ser na vida,
Ai — recebe o meu só nascido d’alma
Amoroso suspiro e terno e forte,
Da mais negra saudade trasbordando,
Qu’em aridos torrões da terra sua,
D’Africa adusta o miserando Vate,
Nas aureas azas de suave brisa,
Saudoso e melancolico t’envia!
Em um monte d’arêas formulado
No seu cume assentado e só, e triste,
De saudades a mente acalentando,
E no rigor de um sol ardente e forte,
A ti meus ais, a ti meu pranto envio!
Ahi — aonde habitas, tão distante
Do teu unico amor qu’então dizias,
Ahi, onde feliz gozei outr’ora
Dos mais primados gozos de ventura,
Que a um céu d’amor extasiados,