ESPUMAS FLUCTUANTES
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Que rompe em hyranos e palmas,
Ao teu toque divinal!

Mas esqueceste... Não basta
(′ Chegar, olhar e vencer «
Do génio a maior grandeza
O ser divino é soíTrei.
Diz!... Quando ouves a torrente
Do enthusiasmo na enchente
Vir espumar-te lauréis;
Nesfhora grande não sentes
Longe os silvos das serpentes,
Que tentam morder-te os pés?

Inda é a gloria — rainha
Que jamais caminha só.
Ai! Quem sobe ao Capitólio
Vai precedido de pó.
Porém tu zombas da inveja...
Se á noite o raio lampeja
Tu fazes delle um clarão!
Pela tormenta embalada
Ao som da orchestra arroubada
Vais te perder n′amplidão.

Recife, 27 de Setembro de 1866.