ELEGIA
Colham-se as rosas na manhã da vida;
Ao menos, no fugir da primavera,
Das flôres os perfumes se respirem.
O peito se franqueie aos castos gosos;
Amemos sem medida, ó cara amante!
Quando o nauta, no meio da tormenta,
Vê o fragil batel quasi a afundir-se,
As praias que deixou dirige as vistas,
E tarde chora a paz que alli gosava.
Ah! quanto dera por volver o triste
Aos amigos da aldeia, ao lar paterno,
E de novo passar junto á que adora
Dias talvez sem gloria, mas tranquillos!