ESPUMAS FLUCTUANTES
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Ao relincho das éguas, que corriam,
De crinas soltas, pelo campo aberto,
Asjjiran<lo o frescor da madrugada.

Pela ultima vez, ella, chorando,
Veio sentar-se ao banco do terreiro...
Pobre criança! que conversas tristes
Tu conversaste, então, com a natureza!

— « Adeus! p′ra sempre, adeus, ó meus amigos,
Passarinhos do céo, brizas do niatto,
Patativas saudosas dos coqueiros,

Ve.ntos da várzea, fontes do deserto!
Nunca mais eu virei, pobres violetas,
Arrancar-vos das moutas perfumadas!
Nunca mais eu virei, risonha e louca,
Roubar o ninho ao sabiá choroso...
Perdoae-me, que eu parto para sempre!
Venderam, para longe, a pobre Lúcia!»

Então ella apanhou do matto as flores.
Como outrora enlaçou-as nos cabellos,
E, rindo de chorar, disse em soluços:

— Não te esqueças de mim, que te amo tanto!

Depois... além, um grupo informe e vago,
Que cavalgava o dorso da montanha,
Ia esconder-se, transniontando o topo...
Nesse momento eu vi, longe, bem longe,