Os cabellos caiam-lhe annellados,
Como doidos festões de parasitas,
E a graça, o modo, o coração tâo meigo!
Ai! pobre Lúcia! como tu sabias,
Festiva, encber de afagos a familia.
Que te queria tanto e que te amava.
Como se fosses filha e não captiva!
Tu eras a alegria da fazenda;
Tua senhora ria-se contente
Quando enlaçavas seus cabellos brancos
Com as roxas maravilhas da campina.
Quando ú noitinha todos se juntavam,
Aos reílcxos dourados da candeia,
Na grande sala, em torno da fogueira,
Então, Lúcia, sorrindo, murmurava:
— Meu Deus, um beija-flôr fêz-se criança!
Uma criança fez-se mariposa!
Mas um dia a miséria, a fome, o frio,
Foram pedir um pouso nos teus lares;
A mesa era pequena... Pobre Lúcia!
l′′oi preciso te ergueres do banquete!
Deixares teu lugar aos mais convivas!
Eu me lembro, eu me lembro... o sol raiava.
Tudo era festa em voltada pousada.
Cantava o gallo alegre no terreiro,
O mugido das vaccas misturava-se