A VOLTA DA PRIMAVERA




Aime, et tu renaltras; fais-toi fleur pour éclore.
Après avoir souffert, il faut souffrir encore;
Il faut aimer sans cesse, après a voair aimé.
   (A de Musset.)



Ai! não maldigas minha fronte pallida,
E o peito gasto ao referver de amores.
Vegetam louros — na caveira esqualida
E a sepultura se reveste em flores.

Bem sei que um dia o vendaval da sorte
Do mar lançou-me na gelada arêa.
Serei... que importa? o D. Juan da morte,
Dá-me o teu seio — tu serás Haydéa!

Pousa esta mão — nos meus cabellos humidos!...
Ensina á briza ondulações suaves!