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Grita a satisfação na alma dos bichos.
Incensa o ambiente o fumo dos cachimbos.
As arvores, as flores, os corimbos.
Recordam santos nos seus proprios nichos.
Com o olhar a verde periphéria abarco.
Estou alegre. Agora, por exemplo,
Cercado destas arvores, contemplo
As maravilhas reaes do meu Pau d’Arco!
Cedo virá, porém, o funerario,
Atro dragão da escura noute, hedionda,
Em que o Tedio, batendo na alma, estronda
Como um grande trovão extraordinario.
Outra vez serei pábulo do susto
E terei outra vez de, em magua immerso,
Sacrificar-me por amor do Verso
No meu eterno leito de Procusto!
Pau d’Arco — 1905.