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Teus gyneceus prolificos envolvem
Cinza fetal!. Basta um phosphoro só
Para mostrar a incognita de pò,
Em que todos os seres se resolvem!

Ah! Maldito o connúbio incestuoso
Dessas affinidades electivas,
De onde chimicamente tu derivas,
Na acclamação symbiótica do gozo!

O enterro de minha ultima neurona
Desfila... E eis-me outro phosphoro a riscar,
E esse accidente chimico vulgar
Extraordinariamente me impressiona!

Mas minha crise arthritica não tarda.
Adeus! Que eu vejo emfim, com a alma vencida,
Na abjecção embryologica da vida
O futuro de cinza que me aguarda!

 

Parahyba, 1910