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Feriam-me o nervo optico e a retina
Aponevroses e tendões de Achilles,
Restos repugnantissimos de bilis,
Vomitos impregnados de ptyalina.

Da degenerescencia ethnica do Arya
Se escapava, entre estrepitos e estouros,
Reboando pelos seculos vindouros,
O ruido de uma tosse hereditaria.

Oh! desespero das pessoas tisicas,
Adivinhando o frio que ha nas lousas,
Maior felicidade é a destas cousas
Submettidas apenas ás leis physicas!

Estas, por mais que os cardos grandes rocem
Seus corpos brutos, dores não recebem;
Estas dos bacalhaus o oleo não bebem,
Estas não cospem sangue, estas não tossem!

Descender dos macacos catarrhineos,
Cahir doente e passar a vida inteira
Com a bocca junto de uma escarradeira,
Pintando o chão de coágulos sanguineos

Sentir, adstrictos ao chimiotropismo
Erótico, os microbios assanhados
Passearem, como innumeros soldados,
Nas cancerosidades do organismo!

Falar somente uma linguagem rouca,
Um portuguez cansado e incomprehensivel,
Vomitar o pulmão na noite horrivel
Em que se deita sangue pela bocca!