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Na bruta dispersão de vitreos cacos,
A dura luz do sol resplandecente,
Tropega e antiga, uma parede doente
Mostra a cara medonha dos buracos.

O cupim negro bróca o ámago fino
Do tecto. E traça trombas de elephantes
Com as circumvoluções extravagantes
Do seu complicadissimo intestino.

O lodo obscuro trepa-se nas portas.
Amortoadas em grossos feixes rijos,
As lagartixas dos esconderijos
Estão olhando aquellas coisas mortas!

Fico a pensar no Espirito disperso
Que unindo a pedra ao gneiss e a arvore á creança,
Como um annel enorme de alliança,
Une todas as coisas do Universo!

E assim pensando, com a cabeça em brazas
Ante a fatalidade que me opprime,
Julgo ver este Espirito sublime,
Chamando-me do sol com as suas azas!

Gosto do sol ignivomo e iracundo
Como o reptil gosta quando se molha
E na atra escuridão do ares, olha
Melancolicamente para o mundo!

Essa alegria immaterialisada,
Que por vezes me absorve, é o obolo obscuro,
É o pedaço já pôdre de pão duro
Que o miseravel recebeu na estrada!