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azulada tenuidade brumosa, fazendo fugitivamente pensar no primitivo Cháos d′onde lenta e gradativamente se geraram as cores e as formas. ..

Como que diluente, fina harmonia de violinos vagos abstrusamente errava em rhythmos diabólicos...

Arvores esguias e compridissimas, em alamedas intermináveis e sombrias, lembrando necropoles, apresentavam troncos estranhos que tinham aspectos curiosos, conformações inimagináveis de enormes toraxes humanos, fazendo pender phantasticas ramagens de cabellos revoltos, desgrenhados, como por estertorosa agonia e convulsão.

Pelas lono-as alamedas exóticas do fabuloso parque, deuses hirsutos, de patas caprinas e pelluda testa cornóide, riam com um riso áspero de gonzo, n′uma dança macabra de gnomos, cabriolando bizarros.

De vez em quando, as suas azas fulgurantes, furta-côres e fortes, rufiavam e relampejavam...

Baudelaire, no entanto, sumptuoso e constellado firmamento de alma reflectindo em lagos esverdeados e mornos, d′onde fecundas e exquisitas vegetações como que somnambula e nebulosamente emergem, estava mudo, immovel, com

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