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NIRVANISMOS

Ha loucuras que, como as noites polares, se transformam em verdadeiras auroras boreaes re- velladôras da mais perfeita lucidez e são a ponte mágica de crystal e azul sobre a qual emigramos do golfão infernal da Terra para as alvoradas de ouro de um Ideal.

Madrugada verde, madrugada de esmeraldas liquifeitas que scintillavam na folhagem tenra, foi essa em que Araldo se fez de marcha, florestas densas a dentro, atravez da frescura e da virgindade lyrial da luz que ondulava...

Já todo o extremo limite do mar, no horizonte longe, accendia, rebrilhava, n′um polimento de crystal sonoro e a ultima estrella tardia, terna e doce, vagava, peregrinalmente vagava na Bohemia celeste, extincta já no explendor verde da madrugada subindo, a intensidade viva da sua chamraa branca das cândidas vigílias esponsalicias dos astros.

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