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Pairava no ar ura anceio voluptuoso de dispertar, um espreguiçamento, de braços languidos, uma revelação genésica, o nebuloso sentimento da renascença da terra, sempre casta e fecundadora, sonhando e gerando as perpetuidades da Vida.

A hora da transição, da anciedade do claroescuro surdinava no ar, bandolinava no céo as derradeiras e saudosas serenatas...

Um calafrio luminoso alvoroçava tudo. Começavam delicadamente, harmoniosamente a vibrar leves bailadas de auras que vinham picadas do sargaçoso mar salgado, dos bafejos aromados das plantas e das resinas.

Pelo horizonte subia o êxtase claro da luz díffundida aos poucos e gorgeios e cânticos e rumores e alacridades e murmúrios de aguas que accordavam cantando e alaridos e zumbir de insectos e estrépitos e palpitações e vozes estranhas e voos e cicios e échos e clamores longínquos e frémitos e beijos e risos e canções e formas confusas e vertigens e movimentos, tudo accordava em ondas, borburinhantemente, turbilhonantemente.


Clareava, clareava; e a claridade meiga, suave, que avelludava tudo, parecia cheirar a magnólias desabrochadas ao luar.