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Um pavor trágico enchia o deserto, assombrava o deserto. Indefinidas angustias gemiam e soluçavam no vento, velhas queixas encantadas, velhas tristezas millenarias e fundas; primitivas linguas barbaras violenta e confusamente se dilaceravam, se atropellavam; uivos felinos, ganidos, urros formidáveis de monstros cruzavam-se no ar...

A brancura tenra, de anho branco, de cordeiro immaculado, da lua, apparecia, por vezes, de uma tonalidade sombria, apagada, de um étherismo mórbido de eclypse, dando um diluente sentimento de remotividade amarga, como se a lua assim desse modo vista troucésse a impressão longinqua de ser ella própria a saudade da lua...

No meio desse tétrico deserto nunca imaginado, desse luar inquisitorial, mortal, esse vento sinistro tinha uma resonancia subterrânea, funesta e cruel de clamor nihilista, evocava as florescencias e as quintescencias doentias das sensibilidades do Bhudhismo.

E Araldo, cada vez mais Espectro em meio á Natureza toda, cada vez mais silhouettico, mais perdido, mais apagado, mais vago no vácuo tremendo d′aquella8 vastidões dolorosas, o vulto cada vez mais diminuído, sumindo-se, sumindo-se,